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domingo, 14 de junho de 2009

AUTORIDADE PASTORAL


AUTORIDADE PASTORAL






O QUE SEGUE SÃO VERDADES BÍBLICAS SOBRE A AUTORIDADE PASTORAL

1-) Existem certos homens nas Igrejas chamados “presidentes” e supervisores (Atos 20:28; 1 Tessalonicenses 5:12; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1; Tito 1:7).

Estes versos ensinam que aqueles quais Deus chama de pastores (o mesmo oficial também é chamado de ancião e de bispo) têm autoridade sobre as assembléias. Outros Cristãos são submissos à sua autoridade. Os pastores estão sobre o Cristão, no Senhor.

Quando eu honro e me submeto a eles, eu não estou me submetendo simplesmente a um homem; eu estou me submetendo ao Senhor e ao Sumo Pastor da Igreja. Muitas mulheres poderiam compartilhar conosco histórias horríveis de como seus maridos abusaram da autoridade deles. Permanece o fato que Deus deu autoridade aos maridos dentro do lar. Quando a esposa se submete ao seu marido, ela não está submissa simplesmente ao homem, com seus muitos pecados e suas fraquezas morais; ela está sendo submissa ao Senhor Deus (Efésios 5:22).

Abusos de autoridade pastoral não negam o fato de que a Bíblia nos diz que Deus tem dado autoridade aos pastores, e não nega o fato de que a Bíblia exige que estejamos submissos aos que Deus chama “pastores”. Contudo, em casos nos quais um Cristão está sob a influência de uma situação pastoral abusiva e não conforme às Escrituras, ele ou ela devem manter um espírito apropriado e atitude de estima e consideração à autoridade pastoral. Ele deverá deixar a Igreja se necessário, e encontrar uma Igreja espiritualmente saudável que seja liderada por homens de Deus, e juntar-se à ela e submeter-se à autoridade que Deus deu a eles.

Um Cristão deve cuidadosamente guardar seu espírito para não tornar-se uma pessoa desagradável. Ele deve examinar-se a si mesmo diante do Senhor para estar certo de que não é um rebelde para com a autoridade dada por Deus. Algumas vezes pensamos que o problema é daqueles que impõe as regras sobre todos, quando na realidade o problema é de nosso próprio espírito irredutível com preconceitos.

2-)
Líderes da Igreja são chamados por três diferentes termos (pastor, ancião e bispo), mas os termos referem-se a diferente aspectos do mesmo ofício; assim a forma hierárquica de governar a Igreja com lugares para bispos acima de anciões, não é Bíblica

3-)
Cada Igreja deve ter seus próprios líderes e governo (Tito 1:5; Atos 14:23). Desde que isto está claro no N.T. , qualquer forma externa de controle sobre as Igrejas não é Bíblica, e é perigosa.

4-)
Cada pastor é supostamente ordenado por Deus e, de acordo com as Escrituras, é qualificado (Atos 14:23; 1 Timóteo 3; Tito 1). Igrejas do N.T. não são lideradas por homens não ordenados ou por homens que não têm todo o trabalho de um pastor.

Cada pastor é suposto ser um ensinador e um observador das regras (Atos 20:28; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:9-11; 1 Pedro 5:1-2).

5-)
Diáconos nunca são mencionados com o ofício de reger ou supervisionar as Igrejas. O diácono é um servo, não um dirigente.

Governo da Igreja através de um diácono não é Bíblico, e isto tem causado muitos danos nas assembléias.




A EXTENSÃO DA AUTORIDADE DO PASTOR

Se a responsabilidade implica em uma autoridade correspondente, o que é verdade, podemos ter a clara idéia das áreas e extensão da autoridade pastoral apenas considerando a sua responsabilidade dada por Deus sobre a Igreja.

Existem 3 grandes áreas de responsabilidade pastoral, com a respectiva autoridade:

a- Um pastor tem a autoridade e responsabilidade de ensinar e pastorear a Igreja (Atos 20:28; Efésios 4:11-12; 1 Tessalonicenses 5:12; 1 Pedro 5:1-4)
Pastores, portanto, têm a autoridade para governar todos os aspectos de tal ministério. Eles devem ter a decisão final concernente ao que está sendo ensinado e por quem, e devem julgar todas as coisas que são ensinadas para ter certeza que são corretas (
1 Coríntios 14:29 ).

b- Um pastor tem a responsabilidade e autoridade para proteger a Igreja de falsos ensinos (Atos 20:28-31; 1 Coríntios 14:29; 1 Timóteo 4:1-6; Tito 1:9-13)
Pastores têm a autoridade e responsabilidade dada por Deus para determinar o que
está sendo ensinado e por quem, bem como proibir os Cristãos de envolverem-se com falsos ensinos, tais como estudos Bíblicos conduzidos por professores que ensinam erradamente, encontros nos quais doutrinas e práticas não Bíblicas são promovidas, etc. Isto inclui também o ministério de música da Igreja, porque a música é também uma forma de ensino (Efésios 5:19).

c- O pastor tem a responsabilidade e autoridade para supervisionar todo o trabalho da Igreja (Atos 20:28; 1 Tessalonicenses 5:12; 1 Pedro 5:1-2)
A posição do pastor de supervisionar a Igreja é similar à de um gerente ou supervisor em uma empresa qualquer. Ele não tem que fazer todo o trabalho do ministério – todo Cristão deve estar ocupado no trabalho de Cristo – mas o pastor deve supervisionar todo o trabalho. Existe uma ampla rebelião e resistência contra a autoridade pastoral hoje em dia. Isso é o produto da natureza humana caída. O “velho homem” odeia autoridade; ele não suporta ter governo de ninguém sobre si. Mas a autoridade pastoral é dada por Deus, e aquele que resiste ao pastor de Deus, no seu trabalho de liderar a Igreja de acordo com a Palavra de Deus, irá responder a Jesus Cristo por essa insubordinação. Ouça a Bíblia:

Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hebreus 13:17).





LIMITAÇÕES À AUTORIDADE DO PASTOR

Um pastor apenas tem autoridade tal como delegada por Deus a ele. Cristãos nunca são orientados a se submeterem cegamente aos líderes da Igreja, mas submeterem-se aos verdadeiros homens chamados por Deus, os quais estão liderando de acordo com a Palavra de Deus. Como o Apóstolo Paulo disse, “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” (1 Coríntios 11:1).

Paulo poderia exigir que outros seguissem a ele porque ele estava seguindo Cristo e era cheio de fé pregando a mensagem que lhe foi dada por Cristo. À parte disso, contudo Paulo não tinha autoridade. Ele avisava as Igrejas da Galácia que se ele pregasse outro evangelho, eles deveriam rejeitá-lo (Gálatas 1:8). Cristãos deveriam rejeitar o ministério de qualquer homem que não possua as seguintes qualidades:



1-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NA MENSAGEM QUE ELE PREGA. (Hebreus 13:7).

Instruir Cristãos para submeterem-se àqueles que têm falado a Palavra de Deus. A autoridade do pregador está na Palavra de Deus e não em suas próprias palavras e desejos. Se um pastor ou professor afasta-se da Bíblia, seus ouvintes deverão não segui-lo; ele então afastou-se de sua autoridade (Atos 17:10-11; 1 Tessalonicenses 5:21).

2-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA EM SEU CHAMADO POR DEUS (Atos 20:28).

Os anciãos da Igreja em Éfeso foram apontados pelo Espírito Santo. Essa é a base fundamental para a autoridade espiritual. Cristãos são apenas para submeter-se aos homens que deram plena evidência que eles são chamados por Deus.

3-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NA VIDA QUE ELE VIVE

Hebreus 13:7 diz; “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a Palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver.” Isto nos fala de seu modo de vida. Se um homem é um hipócrita, se ele não pratica em sua vida diária o tipo correto de vida Cristã, ele não tem autoridade para liderar outros.

4-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NO TRABALHO QUE ELE FAZ

1 Tessalonicenses 5:12-13 refere-se àqueles quem estão sobre nós, no Senhor, e requere que nós “os estimemos em grande amor por causa de sua obra...” Um ministério de um homem espiritual deve ser de acordo com a Palavra de Deus, ou ele cessará de ter autoridade sobre os demais.





CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS DA AUTORIDADE DO PASTOR

A autoridade exercida por um pastor, missionário, ou outro líder da Igreja, é para ser distintivamente diferente daquela exercida por líderes no mundo secular (1 Pedro 5:3; Marcos 10:42-43).

I- ISTO É UMA AUTORIDADE MINISTRADA – A AUTORIDADE DE UM PASTOR (Atos 20:28; 2 Coríntios 13:10; 1 Pedro 5:2)

A autoridade de um pastor é para o propósito de construir e proteger o povo e a obra de Deus.

II- ELA É AUTORIDADE SUBMISSIVA E HUMILDE — A AUTORIDADE DE UM CUIDADOR (Marcos 10:42-45; 1 Coríntios 3:9; 4:1; 12:7; Tito 1:7; 1 Pedro 4:10; 5:3-5)

O pastor deve presidir sob a direção do Senhor Jesus Cristo, não pela sua própria mente ou vontade. A Igreja é propriedade de Deus, as pessoas são pessoas de Deus; a obra é a obra de Deus. Ele é meramente um cuidador ou ajudador. Contraste isto com o ministério de orgulho, de Diótrefes (3 João 9-10).

III- ELA É UMA AUTORIDADE DE AMOR—A AUTORIDADE DE UM PAI (1 Tessalonicenses 2:7-11)

O pastor é para ter uma amorosa, gentil, tenra, sacrificial consideração pela felicidade e segurança geral do povo. Seu presidir não deve ser ser uma desagradável ditadura tirânica sobre outros, isto é, um reger para servir a si mesmo.

IV- ELA É UMA AUTORIDADE LIBERADA—A AUTORIDADE PARA CONSTRUIR E NÃO PARA “AFUNDAR” (2 Coríntios 10:8; Efésios 4:11-12)





A DIFERENÇA ENTRE PASTOREAR E SER SENHOR

Aos presbitérios que estão entre vos, admoesto eu, que sou também presbitério com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da gloria que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que esta entre vos, tendo cuidado dele, não por foca, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de animo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” (! Pedro 5:1-3).

Os pastores têm autoridade na Igreja, mas é um tipo diferente de autoridade exercida no mundo. Observe algumas das diferenças que seguem:

- pastores de acordo com a Bíblia amam o rebanho e lideram pela compaixão, mas aqueles do tipo senhores, tipicamente não gostam de ter compaixão; eles não encorajam; eles simplesmente exigem (1 Tessalonicenses 2:7-8).

- pastores conforme a Bíblia sabem que o rebanho não pertence a eles, mas pastores do tipo senhores sentem que possuem a propriedade do rebanho e assim podem controlar todos de acordo com sua própria vontade (1 Pedro 5:2-3 “rebanho de Deus” herança de Deus”)

- pastores de acordo com a Bíblia preocupam-se mais com o bem estar geral do povo do que com o seu próprio ganho, mas os do tipo senhores presidem para obter ganho pessoal e não têm receio de abusar do povo (
1 Pedro 5:2)

- pastores conforme a Bíblia são humildes e não consideram eles mesmos maiores que o rebanho, mas os do tipo senhores exaltam a si mesmos acima de todo o povo (
1 Pedro 5:2 “entre vocês” 1 Pedro 5:5)

- pastores de acordo com a Bíblia ajudam a edificar o povo e os
libertam para fazer a vontade de Deus, mas pastores do tipo senhores querem controlar o povo e empurrá-los para baixo (Efésios 4:11-12; 2 Coríntios 10:8). A palavra grega traduzida “destruição” em 2 Coríntios 10:8 é também traduzida como “demolir” (2 Coríntios 10:4).

Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes do gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; Mas entre vos não será assim; antes, qualquer que entre vos quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vos quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.Marcos 10:42-45




Sugestões PARA OS PASTORES

1- Nunca esqueçam que as pessoas não lhe pertencem e que vocês darão conta pela maneira que as tratam (Atos 20:28; 1 Pedro 5:1-4; Tiago 3:1). Um pastor pode impor sua vontade sobre a Igreja em seu presente mundo, contudo ele está errado e pecando, porque não existe mais alta autoridade eclesiástica do que a assembléia; mas ele estará diante do Grande Pastor Chefe e será julgado por como ele agiu. Ele jamais devera esquecer disso.

2-
Tratar o povo como você gostaria de ser tratado (Mateus 7:12). Pense um pouco atrás no tempo antes de você tornar-se pastor. Estaria você tratando o povo agora como você queria que seu pastor o tratasse ? Haviam coisas que o pastor fez que desencorajaram você mais do que edificaram, e você estaria repetindo aqueles mesmos erros em seu próprio ministério?

3-
Tratar as pessoas com igualdade (1 Timóteo 5:21). Seja cuidadoso para não exercer favoritismo. Tratar o povo com imparcialidade, aplicar parâmetros iguais para com todos. Não deixe algum dos referenciais escorregarem quando os envolvidos forem seus "animaizinhos de estimação". Trate o povo com igualdade ao exercer a disciplina na Igreja. Não deixe ser ouvido que você foi severo com alguns na Igreja e não rigoroso com outros, em assuntos similares.

4-
Almeje edificar o povo e então dar-lhes liberdade para fazerem a vontade de Deus (2 Coríntios 10:8). A obra do pastorado é semelhante ao relacionamento dos pais com os filhos. O alvo dos pais é a maturidade dos filhos, quando então eles deverão sustentar-se em seus próprios pés e fazerem suas próprias decisões diante do Senhor. O pastor deverá ter o mesmo alvo. Ele não deverá almejar fazer o povo depender perpetuamente dele.

5-
Encoraje o povo a ter uma visão pessoal da vontade de Deus e trazer novas idéias para a obra do Senhor (Efésios 4:11-12). A única coisa que o pastor deverá desencorajar é o pecado e o falso ensino. Não deixe dizerem que o pastor desencorajou pessoas a terem uma visão da obra e exercitarem seus dons livremente, dentro das fronteiras das Escrituras.

6-
Objetive produzir muitos lideres que irão trabalhar ao seu lado para multiplicar o ministério (Atos 13:1; 20:4). Em toda parte no N.T. vemos pluralidade dos obreiros e lideres, em Igrejas e trabalhos missionários. Pastores experientes não terão medo de compartilhar sua autoridade e ministério com outros homens de Deus pelos quais a obra do Senhor pode progredir muito.

7-
Resistir à tentação de ser orgulhoso e de exaltar a si mesmo (Marcos 10:42-45). A posição de um pastor é dos menores. Ele tem autoridade mas ela é a autoridade de um servo servindo debaixo de um dono e senhor, e não a autoridade de um senhor em seu próprio direito.

8-
Não tenha medo de liderar, mas esteja certo de que você está liderando pela Bíblia e não pela sua própria mente e tradição humana.

9-
Não deixe sua autoridade para aqueles que não são pastores, tais como diáconos.

10-
Não tenha medo de permitir a congregação compartilhar em algumas decisões (Atos 6: 5-6; Atos 15:22)






Sugestões PARA OS MEMBROS DA IGREJA

1- Dê ao pastor o benefício da dúvida e faça todas as coisas que você poder, para ser submisso e obediente membro da Igreja. A Bíblia usa linguagem muito forte sobre a submissão da Igreja à autoridade pastoral (Hebreus 13:17). Aquelas são fortes palavras. A menos dos pastores que lideram contrários à Bíblia em uma maneira muito clara e óbvia, o membro da Igreja deve submeter-se ao Senhor Deus. É como uma esposa sob o marido (Efésios 5:22). Toda esposa sabe que se ela submete-se ao seu marido, ela está submetendo-se a um homem muito imperfeito, mas ela não está simplesmente submetendo-se ao seu marido, mas ao Senhor que lhe deu aquele marido. Semelhantemente, o membro da Igreja não se submete meramente a um homem; ele submete-se ao Senhor que fundou o oficio de pastorado e quem tem colocado aquele homem na posição.

2-
Esteja certo que vai estar lutando pelas Verdades das Escrituras e não por suas próprias preferências. Se eu penso que alguma coisa está errado na Igreja, eu devo perguntar para mim mesmo, “estaria a Bíblia claramente dizendo que isto está errado, ou é isto meramente alguma coisa que eu pessoalmente não gosto ou não concordo?” Muitos problemas de Igrejas não são por causa da clara citação Bíblica, mas por causa de conflitos de personalidade e vontade própria e a tentação de exaltar a preferência pessoal no lugar da Escritura.

3-
Guarde seu coração e sua atitude. Nós estamos falando a verdade em amor (Efésios 4:15). Nós deveríamos ter uma cabeça fria e um coração quente, não um coração quente e uma cabeça quente! Quando nós atentamos para corrigir outros devemos guardar nosso próprio coração e fazer isto em espírito de mansidão (Gálatas 6:1). Em 2 Timóteo 2:24-25 descreve-se o espírito no qual nós estamos procurando corrigir outros: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,. O evangelista Mel Reter poderia dizer; Seja firme como uma rocha na sua posição, mas doce como mel da rocha em sua disposição.” A diferença entre deixar a Igreja por causa de legítimo fato doutrinário, e deixá-la em rebelião contra a autoridade pastoral, será evidenciada em duas maneiras (Tiago 3:14-18).

- Primeiro, a diferença será evidente na atitude da pessoa. Contraste a pessoa desagradável e o conflito entre as partes, do verso 14, com a atitude amorosa descrita no verso 17: “
..pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
- Segundo, a diferença será evidente no fruto produzido por cada situação. Contraste o fruto do verso 16, que é a discórdia e confusão e toda obra maligna, com o fruto descrito no verso 18, que é
o fruto da justiça semeado em paz, para os que exercitam a paz”. A conseqüência irá demonstrar os segredos do coração e são opostas às coisas que são contra Deus e não Bíblicas; e quem deixar a Igreja por sua própria vontade e meramente por causa da carnalidade dela [da igreja], irá servir Jesus Cristo frutificando em Igrejas mais fortes. De outro lado aqueles que meramente contendem por suas próprias vontades, e aqueles que estiverem causando problemas de uma maneira carnal, usualmente pulam de Igreja em Igreja, para uma mais fraca. O fato que eles se mudam para uma Igreja é que mais fraca doutrinariamente e espiritualmente, demonstra que o caso não era, na verdade, sobre doutrina e justiça, mas era um conflito de personalidades, ou algo assim.

4-
Mantenha seus olhos focados em Cristo ao invés de nos homens deste mundo.

Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.Hebreus 12:2. Alguns fiéis estão dizendo para carregar permanentemente “cicatrizes espirituais” por causa de estar em Igrejas que são lideradas por pastores que abusam de suas autoridades. Outros deixam a Igreja conjuntamente usando essa desculpa. O problema nesses casos é que tais pessoas têm seus olhos e sua confiança mais no homem do que em Jesus Cristo. O Senhor Jesus nunca nos desapontará, mas homens imperfeitos sempre irão nos desapontar de uma maneira ou de outra. Pastores são apenas homens imperfeitos no seu melhor ponto de vista. Eles cometem erros. Eles pecam. Eles podem ser egoístas e parciais e de visão curta.

5-
Ore por seus pastores e outros líderes da Igreja. Orações fazem duas coisas; elas trazem mudanças, porque Deus responde e trabalha através delas; e elas também ajudam a manter meu coração amoroso e gentil em relação aos homens para quem eu estou intercedendo.

6-
Não deixe qualquer coisa levar você para longe da Igreja. Existem ocasiões quando nós somos forçados a deixar uma certa Igreja com sérios erros morais e doutrinarias, mas nós não devemos permitir qualquer coisa manter-nos fora da Igreja. Jesus Cristo fundou a Igreja (Mateus 16:18), e existem mais do que 100 referências à Igreja no N.T. A maioria do N.T. foi escrito diretamente para as Igrejas, tais como a Igreja de Éfeso e a Igreja de Filipos. O livro do Apocalipse foi escrito para 7 Igrejas na Ásia Menor (Apocalipse 2-3). O livro de Atos é a história da plantação e multiplicação das primeiras Igrejas. As Epístolas Pastorais são sobre a obra da Igreja. Inclusive aquelas epístolas que não foram escritas diretamente para as Igrejas, sempre têm a assembléia em foco. O livro dos Hebreus, por exemplo, contém fortes declarações sobre a Igreja (Hebreus 10:25; 13:7; 17). O livro de Tiago menciona os anciãos da Igreja (Tiago 5:14). O livro de 1 Pedro é endereçado aos anciãos (1 Pedro 5:1-4). Isto demonstra a importância da Igreja nos olhos de Deus, e cada fiel deve ser diligente para ter o mesmo zelo pela assembléia em sua própria vida Cristã. É fácil criticar a Igreja, mas eu pergunto; “O que eu estou fazendo para a Igreja ter sucesso e frutificar para a glória do Senhor ?” Eu deveria também perguntar; “Se todas as Igrejas fossem [e fizessem] como eu, o que seriam todas elas ?” Algumas pessoas criticam todas as coisas, mas eles não adicionam nada de significativo no lado positivo. O que é um erro e destrói a obra do Senhor.

7-
Não esqueça que não há Igreja perfeita. Inclusive as primeiras Igrejas fundadas pelos Apóstolos foram muito imperfeitas. A Igreja de Corinto era carnal e estava caracterizada pela divisão, fornicação, processos na justiça, bebedeiras durante a ceia do Senhor, mal uso dos dons espirituais, e falsos mestres. A maioria das sete Igrejas mencionadas em Apocalipse 2-3 tiveram sérios problemas. Na Igreja de Filipos duas mulheres tinham diferenças para com os demais e precisaram ser corrigidas (Filipenses 4:2). A hipocrisia de Pedro teve de ser repreendida severamente por Paulo (Gálatas 2:11-14). Paulo e Barnabé tiveram uma contenda e eles separaram-se um do outro (Atos 15:39). Isto não é uma desculpa para ignorar problemas e erros. Cada um desses assuntos foi repreendido e corrigido. Eu menciono estas coisas apenas para relembrar-nos que Igrejas não são perfeitas, porque elas são feitas de pecadores muito imperfeitos salvos pela graça; e nós devemos manter isto em mente ao tempo em que lidamos com os problemas da Igreja. Se você deixar uma Igreja por causa de conduta errada moral e doutrinária, você deverá ter uma melhor Igreja para mudar, ou você estará apenas mudando da “frigideira para o fogo.”

8-
Aprenda a exercitar o discernimento espiritual, distinguindo entre o importante e o menos importante. Em Mateus 23:23 o Senhor Jesus Cristo ensinou que nem todas as coisas na Bíblia são de igual importância. Alguns ensinos Bíblicos são de “maior peso” que outros. Todas as coisas na Bíblia têm alguma importância mas nem todas têm igual importância. Nem toda a razão é uma razão de separação e nem toda razão é importante suficiente para deixar a Igreja. Para conhecer a diferença entre as coisas é necessário conhecimento da Palavra de Deus e discernimento espiritual. Esta é a lição de Romanos 15:14 e Hebreus 5:12-14. Tal discernimento requer maturidade espiritual, a qual vem apenas através de diligente estudo e através de exercício dos sensos para discernir o bem e o mal. Paulo disse para a Igreja em Roma que a razão que eles eram capazes de admoestar um ao outro era que eles estavam cheios com bondade e conhecimento (Romanos 15:14). Como maduros em Cristo e em nosso conhecimento das Escrituras e em vida padrão para o Senhor, estamos capazes de corrigir outros e de sermos uma benção para a Igreja sem causar mais danos que bênçãos.

9-
Se você tem um problema ou questão, vá diretamente aos pastores ou à pessoa envolvida. Freqüentemente descobrimos que nossa percepção do assunto é errada ou que a informação que recebemos estava errada ou que nós não tivemos toda a informação. Pela discussão diretamente com quem de direito, no início, nós poderemos evitar “fazer uma montanha com um pequeno morro” e causar discórdia sobre nada.

10-
Lembre-se que os pastores têm grande autoridade E grande responsabilidade na Igreja. Isto significa que eles devem tomar decisões que a média dos membros das Igrejas jamais terão que tomar, e que eles responderão a Deus por estas decisões. Há um tempo para deixar a Igreja devido coisas que estão seriamente erradas, mas nós devemos também aprender a colocar muitas coisas nas mãos de Deus e fazer aquilo que Ele disse para fazer, que é nos submetermos ao líder da Igreja e sermos uma bênção e frutificarmos. Não confunda seu trabalho com o do pastor. Você não tem a autoridade do pastor, nem você tem a obra do pastor (visitar doentes, enterrar os mortos, estar pronto para qualquer chamada, olhar pelas almas). E você também não tem a responsabilidade do pastor. Ele dará conta por muito mais (Tiago 3:1).

Isto tem me ajudado muitas vezes quando eu não concordo com alguma decisão que os pastores fizeram. Eu tenho deixado o assunto diante do Senhor e tenho dito a Ele que, embora eu não concorde com a decisão, não é minha a decisão, e eu deixo o assunto em Suas mãos e faço a minha parte de submeter-me e ser uma bênção para a Igreja, que é dEle.



Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).

http://solascriptura-tt.org)

Andando no Espírito


    Andando no Espírito (Gálatas 5:22-23)

Muitas passagens do Novo Testamento ensinam que os seguidores de Cristo precisam remover o mal de suas vidas. Temos que crucificar a carne ". . . com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5:24). Algumas vezes, as pessoas não entendem tais instruções e pensam que a vida de um cristão é vazia, despojada de todo o prazer. Mas Deus não tem intenção de deixar um vazio, de tornar nossas vidas vácuos sem significado. Quando ele nos diz que precisamos remover o pecado, ele também nos mostra outras coisas ­ que são muito melhores ­ para encher nossas vidas e fazê-las mais ricas. Por exemplo, quando Paulo disse a Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade”, ele imediatamente acrescentou esta instrução positiva para encher o vazio: "Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor" (2 Timóteo 2:22). Ele tinha que remover o mal, mas imediatamente lhe foi dito que pusesse o bem no seu lugar.

Gálatas 5 torna esta distinção muito clara. Precisamos crucificar a carne, removendo suas obras de nossas vidas (versículos 19-21). Mas Paulo não parou aí. Ele continua essa lista de obras proibidas com uma descrição do "fruto do Espírito" (versículos 22-23). Aqueles que vivem no Espírito devem andar no Espírito. Devemos desenvolver cada uma destas qualidades como uma parte de nossa personalidade. O fruto do Espírito tem que ser produzido na vida de cada seguidor de Cristo. Consideremos as nove características do fruto do Espírito, para ajudar-nos a desenvolver estas atitudes quando procuramos viver e andar no Espírito.

O Fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23)

Amor (22) é o amor puro, desprendido, sacrificial, que Deus mostra para conosco. A única maneira de aprendermos este amor é olhando para seu exemplo. Em 1 João 4:7-12, lemos: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós; em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste of amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado."

Sabemos, pelo exemplo de Deus, como amar. Este amor sempre procura o melhor para aqueles que são amados. Deus procurou o melhor para nós quando deu seu Filho. O esposo que ama sua esposa procura cuidar dela e protegê-la, até ao ponto de sacrificar sua vida para salvá-la (Efésios 5:25). O discípulo que ama Cristo obedece a tudo que o Senhor ordenou (João 14:15). Mas o imitador de Deus que ama seus inimigos não procura destruí-los, mas ajudá-los e salvá-los (Mateus 5:43-48). Não há maior desafio nas escrituras do que amar como Deus ama. Em contraste com as paixões da carne, vazias e passageiras, este amor é eterno (1 Coríntios 13:13).

Alegria (22) descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Dinheiro não compra esta alegria. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4; veja também 3:1; 1 Tessalonicenses 5:16). Muitas pessoas pensam que tal felicidade depende das circunstâncias. Até mesmo muitas igrejas falam tanto de saúde física e bênçãos materiais que dão a impressão de que essas coisas são necessárias à felicidade. A prosperidade física é nada mais do que um substituto barato e temporário para a alegria real que encontramos em Cristo. Os verdadeiros cristãos não consideram cada provação e dificuldade como um sinal de infidelidade ao Senhor, mas percebem que tais provações são ocasiões para alegria e oportunidades para crescimento espiritual (Tiago 1:2-4). Nossa alegria vem de Cristo, que é totalmente suficiente, não da temporária prosperidade material.

Paz (22) é a sensação de bem-estar e tranqüilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes deu esta segurança: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Jesus não está fisicamente presente neste mundo, mas nos deixou sua paz!

Longanimidade (22) é a capacidade de pensar antes de agir. Deste modo, demonstramos paciência e perseverança. Por causa da sua longanimidade, Deus tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados (2 Pedro 3:9,15). Ele não quer condenar ninguém, então procura a reconciliação com cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2). Em vez de escapar com raiva ou agir despeitadamente para ferir aquele que nos feriu, deveríamos pacientemente mostrar nosso amor e procurar reconciliar com essa pessoa. Tal atitude melhorará nossas relações em todos os aspectos. Você pode imaginar como poderiam as igrejas e famílias serem mais fortes e mais felizes se cada membro praticasse a longanimidade verdadeiramente?

Benignidade (22) é a bondade de Deus, que é melhor ilustrada por suas ações para nos salvar quando estávamos profundamente enterrados no pecado. Paulo mostra este ponto em Tito 3:3-7. Deus nos viu em pecado, como escravos de todo tipo de desejo ruim e totalmente incapazes de nos salvarmos. Por causa de sua benignidade e amor, ele nos abençoou ricamente através de seu Filho e do Espírito Santo e resgatou-nos do pecado. Agora, em vez de sermos escravos, somos herdeiros, com uma esperança de vida eterna! É assim que Deus mostra benignidade. Temos que imitar tal bondade, mesmo para com nossos inimigos!

Bondade (22) é semelhante a benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco. Podemos ser generosos para com outros.

Fidelidade (22) é a lealdade que mantém sua palavra, cumpre suas promessas e não trai os outros. Empregados devem mostrar esta qualidade em seu trabalho (Tito 2:10). Aqueles que ensinam o evangelho têm que mostrar fidelidade em seu uso da palavra, percebendo que serão julgados por Deus (2 Timóteo 2:2: 1 Coríntios 4:1-4).

Mansidão (23) é algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada. Moisés e Jesus eram mansos, mas mostravam força para enfrentar as autoridades poderosas de seu tempo e condenar claramente seus pecados. O cristão tem que mostrar sua sabedoria com mansidão (Tiago 3:13). Esta é a atitude da submissão humilde, dominada, com a qual temos que estudar a Bíblia (Tiago 1:21). É a atitude que os seguidores de Cristo têm que mostrar quando resgatam um irmão que recaiu no pecado (Gálatas 6:1; 2 Timóteo 2:25).

Domínio próprio (23) é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2 Pedro 1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne.

Andando no Espírito

As obras da carne (Gálatas 5:19-21) são todas contra a vontade de Cristo, o fruto do espírito é inteiramente lícito:"Contra estas cousas não ha lei" (23). Paulo encerra esta parte relembrando-nos que aqueles que pertencem a Cristo crucificaram as paixões da carne. Seus servos vivem e andam no Espírito, demonstrando as qualidades reveladas nas Escrituras como características piedosas de verdadeiros cristãos. Procuremos todos entender estas qualidades para que possamos viver e andar com Jesus, agora e eternamente!

Crucificando a Carne


    Crucificando a Carne (Gálatas 5:19-21)

A carta de Paulo aos gálatas ataca com força a doutrina falsa que alguns cristãos judeus estavam ensinando, pela qual tentavam obrigar os cristãos a obedecer a lei que Deus havia dado aos israelitas, no Velho Testamento. Ele demonstra efetivamente que nossa justificação é pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei de Moisés. Os primeiros quatro capítulos do livro apresentam e defendem seus argumentos para mostrar que não somos escravos sob a velha lei, mas livres em Cristo. Em Gálatas 5:1, ele faz este forte apelo: "para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão."

Paulo faz, então, uma transição dos argumentos doutrinários contra este erro de alguns irmãos judeus, para os argumentos práticos que todos podemos e devemos aplicar em nossas vidas. Pondo de lado a lei do Velho Testamento, ele continua dizendo: "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5:13). Este contraste entre nossa liberdade em Cristo e a escravidão à carne é desenvolvido nos versículos finais do capítulo 5, onde ele mostra que devemos andar no Espírito e recusarmo-nos a satisfazer os desejos pecaminosos de nossa carne. Ele nos diz que estamos em uma guerra que o Espírito deve vencer. Para ajudar-nos a ser vitoriosos, ele enumera as obras da carne e coloca-as em contraste direto com o fruto do Espírito. Vai nos ajudar a vencer o inimigo dos desejos carnais se considerarmos cuidadosamente esta lista e o significado das palavras que Paulo emprega.

As Obras da Carne (Gálatas 5:19-21)

Muitos dos pecados listados aqui são semelhantes, portanto, pode ajudar em seu entendimento se os considerarmos em grupos.

Pecados de Impureza Sexual

Prostituição (19) é um termo amplo, que descreve relações sexuais ilícitas. Sua origem, como pode ser entendida pela tradução comum, "prostituição", vem de uma palavra que descrevia "amor" que pode ser comprado e vendido, onde uma pessoa é usada e descartada. Em vez de restringir as relações sexuais como Deus tencionava (somente a um casamento legal, por toda a vida, de um homem com uma mulher, Gênesis 2:24; Hebreus 13:4), aqueles que praticam a prostituição fazem do sexo uma paixão carnal barata e vazia.

Impureza (19) significa basicamente sujeira. Ela fala da impureza que corrompe a moralidade e a alma de uma pessoa. Ela pode ser usada para falar de impureza religiosa, mas também veio a significar corrupção moral. Esta impureza separa uma pessoa de Deus, que é puro e santo.

Lascívia (19) sugere um amor ao pecado, de quem perdeu sua vergonha e imprudentemente viola a lei de Deus. É normalmente usada para falar de tal atitude para com os pecados sexuais.

Pecados de Impureza Espiritual e Religiosa

Idolatria (20) é, essencialmente, a adoração de uma criatura quando deveríamos adorar somente o Criador. É, assim, uma rejeição de Deus e de sua posição de autoridade e honra. Pode ser cometida na adoração a imagens (Romanos 1:19-23) ou na exaltação e na busca de coisas materiais (Mateus 6:24; Colossenses 3:5).

Feitiçaria (20) vem da mesma raiz que a palavra "farmácia". Ela, originalmente, se referia a drogas medicinais, e com o passar do tempo veio a ser associada com o abuso de drogas e, finalmente, com o abuso de drogas em bruxaria e feitiçaria.

Pecados Contra Outras Pessoas

As obras da carne incluem oito palavras que se referem a conflitos e divisões entre pessoas, por causa de atitudes egoístas e pecaminosas, que destroem as relações pessoais. Estes pecados têm destruído muitas amizades, famílias e igrejas, e têm que ser vencidos para se andar no Espírito.

Inimizades (20) é uma palavra comum para descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios 2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do mundo (Mateus 5:43-48).

Porfias (20) são o comportamento que resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e lutas que freqüentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo egoísta, em proteger seus próprios interesses.

Ciúmes (20) é uma palavra que fala do medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a ressentimento e ódio a outras pessoas.

Iras (20) é uma palavra forte que descreve a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. É, freqüentemente, vista na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem lesadas. Em contraste, Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas devemos deixar a Deus o exercício da justiça (Romanos 12:19-21).

Discórdias (20) descrevem as dissensões que resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude altruísta e sacrificial de Cristo (Filipenses 2:1-8).

Dissensões (20) descrevem as divisões que resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23).

Facções (20) são seitas ou partidos. Os primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o seguem fielmente.

Invejas (21) são similares aos ciúmes. Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.

Pecados que Demonstram Falta de Autodomínio

Bebedices (21), ou embriaguez, é um problema que tem afligido as sociedades desde os tempos antigos. O abuso do álcool, com todos os seus feios resultados de mortes desnecessárias, lares desfeitos, esposas e filhos maltratados, etc., continua a ser uma das mais comuns obras da carne. Ela não tem lugar na vida de uma pessoa que está verdadeiramente sob o comando de Deus.

Glutonarias (21) é uma palavra que nos recorda que o excesso, mesmo em coisas que não são inerentemente más, pode ser errado. Não é errado comer, mas comer sem se conter é errado. A pessoa que não pode recusar comida não está mostrando o autodomínio que Deus exige de nós.

E Coisas Semelhantes

Esta não é uma lista completa de todos os pecados possíveis que uma pessoa pode cometer. Paulo está simplesmente dando exemplos para ilustrar a diferença entre a pessoa que é governada pelo Espírito e aquela que é uma escrava das paixões carnais. Ele nos está desafiando a retirar estas coisas de nossas vidas para que possamos viver e andar no Espírito.

A Conseqüência do Servir à Carne

Paulo não deixa dúvida em seu comentário final, no versículo 21: ". . . a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam". Há uma ligação inegável entre nossa conduta e nossa salvação eterna. A pessoa que não permite ao Espírito mudar totalmente sua vida e remover tal carnalidade não receberá o prêmio de um lar eterno com Deus. Devemos ser transformados de dentro para fora (Romanos 12:1-2).

A Humildade


A Humildade

Uzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá, no oitavo século antes de Cristo. A história de seu reinado, que é registrada em 2 Crônicas 26, ensina uma lição poderosa sobre a importância da humildade. Uzias começou bem. Ele respeitava o Senhor e sua palavra, e Deus o abençoou abundantemente. O reino se expandiu e o rei fiel conseguiu dominar seus inimigos de todos os lados. Sua reputação se espalhou a outros países. Uzias se fortaleceu.

Então, tudo mudou. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Crônicas 26:16). Uzias era um homem especialmente escolhido por Deus para conduzir seu povo. Durante muitos anos, Uzias serviu o Senhor fielmente. Porém não estava autorizado a entrar no templo para queimar incenso. Esse papel estava reservado para outros homens escolhidos por Deus, os sacerdotes, que serviam no templo. Uzias, não estando mais contente com o desempenho do papel que Deus lhe havia dado, tentou assumir uma função extra e foi fortemente repreendido por seu erro.

O sacerdote Azarias e 80 outros sacerdotes seguiram Uzias até o templo e desafiaram seu ato presunçoso. Uzias enraiveceu-se e Deus respondeu imediatamente ao seu erro. O rei ficou leproso ali mesmo no templo diante dos olhos dos sacerdotes. Eles imediatamente o atiraram fora do templo, e Uzias correu da casa de Deus, percebendo que o Senhor tinha punido sua arrogância. Seu filho assumiu os negócios do Estado e deixou o leproso Uzias isolado em sua casa pelo resto de sua vida. A vida abençoada de um grande homem foi arruinada por um ato de desobediência. Uzias, como o primeiro rei de Israel (veja Samuel 15:17-23), foi derrubado por seu próprio orgulho.

Humildade:
Fundamental para nossa comunhão com Deus

Quando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.

Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes. Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de modo nenhum com ele!

Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá -los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).

Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).

O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13:12-17).

Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:6-10).

Como a arrogância impede a salvação

Podemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.

  • Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.

  • Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custou as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.

  • Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.

  • Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.

  • Um outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Provérbios 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."

  • O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mateus 6:12,14-15).

A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tiago 4:6,10).

Como desenvolver a humildade

Uma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:

ŒDevemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Romanos 12:10; Efésios 4:2-3; Filipenses 2:3-4).

Não devemos pensar que somos importantes (Lucas 17:10). Cada um deve usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Romanos 12:3-8).

Ž Não devemos esperar que outros nos humilhem. A chave da obediência é nossa humildade voluntária (Tiago 4:10), não a humilhação forçada.

Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes, devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Comparados com o Criador e Sustentador do Universo, somos débeis e insignificantes. O Salmo 8, especialmente nos versículos 3, 4 e 10, nos faz descer ao nosso tamanho rapidamente!

"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).

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